Boa tarde a todos!!
Gostaria de conversar com vocês sobre um caso que eu acompanhei num município próximo ao Rio de Janeiro. Algo bem simples.
O cliente levou o carro para um proprietário reparador para resolver o seguinte problema: o cebolão da ventoinha do carro dele (um Monza 2.0 SL/E 88 G) “queimava direto”.
O que acontece? Esse proprietário resolveu chamar um dos fabricantes desta peça para fazer a reclamação com os seus técnicos, pois ele estava desconfiando da qualidade da peça. E me chamou também.
A empresa chamou três técnicos para acompanhar o caso.
Então, com a maior paciência, os caras saíram daqui de SP para ir lá perto do Rio. Chegando lá, ouviram a explicação do reparador. Perguntei, então, como estava ligado o cebolão.
Ele mostrou para os três a ligação que ele havia feito: pegou um fio, ligou da bateria, alimentou o cebolão e jogou direto na ventoinha, sem passar pelo relé.
É o chamado “Kit Verão”, que ele inventou. Ele argumentou que sempre, nesta estação, os mecânicos da cidade fazem esta ligação, como opcional, para “otimizar a atuação da ventoinha”.
Como os técnicos sabiam apenas a corrente nominal do cebolão (10 A), fiz a medição da corrente que passa pelo cebolão com esta ligação: corrente de pico: 23 A, corrente nominal: 17 A, na segunda velocidade, algo aproximado na primeira.
Expliquei a ele que não se deve fazer isso, que a alimentação da ventoinha deve vir do relé, pelos terminais 30 e 87. Os terminais 85 e 86 devem alimentar o cebolão.
Aí ele levou um sutil puxão de orelha de todo mundo!! Rsrsrs...
Fica aí a dica: cuidado com o "Kit Verão"! Sei que a maioria de vocês é profissional qualificado, experiente, mas é só pra não deixar passar batido.
Por favor, não estou falando mal do Rio nem dos cariocas!
Abraço a todos